Zac Efron ficou conhecido como o rostinho bonito da trilogia adolescente “High School Musical” e de romances como "Um Homem de Sorte" , mas, agora, está interessado em outra coisa. “Há dois caminhos na carreira: um é o fácil, em direção ao dinheiro, e outro é interpretar papéis interessantes. Essa parece ser a escolha que respeito mais. É o que quero fazer. Estou faminto por isso. Toda escolha deveria ser desafiadora e aterrorizante”, disse no início da tarde desta sexta-feira (31), na coletiva de imprensa de “At Any Price”, filme de Ramin Bahrani.
Segundo o ator, ele entendeu parcialmente seu personagem, Dean, que deseja ser piloto de corridas e sair da fazenda onde cresceu. Seu pai está desesperado para que um de seus filhos herde a grande propriedade onde cultiva milho, mas o mais velho foi viajar pelo mundo. “Compreendi a relação com a família e com o pai – ele o ama, mas não concorda com tudo o que faz, pois tem uma visão estranha do sonho americano. Havia muitas coisas que não entendi, por exemplo, sendo um cara legal, como Dean fazia coisas horríveis. Foi algo que quis explorar”, contou Efron.
O ator treinou para filmar as cenas de corrida de carro. “O máximo de experiência que eu tinha era acelerar para fugir dos paparazzi”, brincou.
O diretor Ramin Bahrani comparou Zac Efron a Paul Newman e Maika Monroe, que faz a namorada de Dean, a Meryl Streep. Exagero que provocou risadinhas e olhos revirados entre os jornalistas. Filho de iranianos que imigraram para os Estados Unidos em 1968, bem antes da Revolução Islâmica, disse que teve a chance de visitar o país de sua família nos anos 1990 e que isso mudou sua vida. “Aprendi mais naqueles três anos do que nos 24 que passei num subúrbio na Carolina do Norte. Tive a sorte de poder misturar os dois aprendizados.”
O cineasta afirmou que não quis oferecer soluções sobre o pensamento vigente no mundo hoje. “Desejo fazer perguntas como: por que as pessoas que mais enriqueceram antes da crise estão impunes e continuam dançando sobre nossas cabeças?”, disse. “Adam Smith não falava de capitalismo em direção à desigualdade, mas em direção à igualdade.”
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