O longa "Me And Orson Welles" é centrado no adolescente rebelde e sonhador, sem querer saber de estudos, Richard Samuels (Zac Efron) consegue a oportuidade de ir para Broadway..ou seja, mais Efron dançando e cantando nos cinemas.
Sinospe
Na Nova York de 1937, Richard Samuels (Zac Efron) não quer saber de estudar, pois sonha em ser ator da Broadway. O jovem adolescente, então, vê sua chance ao se candidatar a uma vaga na montagem de Júlio Cesar, de William Shakespeare, comandada por Orson Welles (Christian McKay)
Para muitas pessoas, Zac Efron encontra-se na mesma situação de Robert Pattinson: participou de filmes que fizeram a cabeça das adolescentes, estampou muitas capas de revistas e logo já afasta uma boa parcela do público quando encabeça o elenco de algum filme. Essas afirmações são verdades, mas existe uma grande diferença entre Zac Efron e Robert Pattinson. Enquanto o descabelado vampiro tem a audácia de achar que é grande ator para, por exemplo, ser Salvador Dalí em Poucas Cinzas, Efron se preocupa em demonstrar carisma e naturalidade em papéis não muito audaciosos.
O protagonista de High School Musical não tem maiores pretensões e é uma pessoa verdadeira, longe de parecer caricato ou forçado. 17 Outra Vez poderia ter sido uma bobagem na carreira dele, mas Efron se utilizou do filme para mostrar carisma. O filme não era lá muito interessante, mas o jovem ator dava sinais de que, por trás de tanta badalação em torno de sua beleza e dos filmes insuportáveis do início de sua carreira, existia alguém disposto e com capacidade para representar sem apelar.
Efron repete o feito em Eu e Orson Welles. Dessa vez, está envolvido em um projeto mais alternativo (e que é óbvio que as fãs que se dizem devotas ao ator não devem nem saber da existência), com uma história puramente teatral. Dirigido por Richard Linklater (de Antes do Amanhacer/Pôr do Sol e Escola de Rock), a história narra a vida de um garoto (Efron) que se envolve em uma montagem de Shakespeare que será encenada no teatro e terá comando de Orson Welles (Christian McKay).
Acompanhamos, então, toda a produção dessa peça e como a relação entre os envolvidos nessa montagem pode ser complicada, sentimental e divertida. Como protagonista, Efron se sai muito bem, novamente, ao emprestar naturalidade para o papel. No entanto, não consegue se sobressair tanto quando um certo Christian McKay está em cena. McKay, indicado ao BAFTA desse ano de melhor ator coadjuvante por seu desempenho, tem 37 anos e encontra aqui o seu primeiro papel no cinema. É uma ótima surpresa, já que demonstra pleno domínio da figura que representa e também consegue trabalhar muito bem a difícil personalidade do papel.
No resto, Eu e Orson Welles é um longa bem comum. Se por um lado o roteiro ganha pontos ao escolher o tipo de narrativa envolvendo a montagem da peça de teatro, por outro também sai perdendo. Não sei quanto a vocês, mas não consigo me envolver tanto com esse tipo de história – que parece focar mais no grande acontecimento do filme do que nos personagens. É assim que alguns relacionamentos amorosos e amizades soam um pouco superficiais. Mas, Eu e Orson Welles, apesar de ser apenas comum, nunca deixa a peteca cair. Algo fundamental em um filme que, infelizmente, está fadado ao preconceito por causa de seu protagonista.
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