Ainda lembrado como astro do filme High School Musical, um dos maiores sucessos adolescentes dos últimos tempos, Zac Efron deu um tempo em seu projeto de estrelar filmes mais sérios para voltar à época de escola. Pelo menos por algumas semanas, quando emprestou sua voz a Ted, garotinho de 12 anos da animação O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida, baseado no livro infantil de Dr. Seuss (conhecido dos brasileiros por obras como O Gato da Cartola). No longa, que estreia nos cinemas na sexta-feira (30), Ted quer saber por que, afinal, não existem árvores na cidade de Thneedville, onde vive com sua família.
A história criada por Dr. Seuss é quase um manifesto anticonsumo e pró-ecologia, centrada em personagens como o Uma-Vez-Ildo (voz de Ed Helms), um empreendedor que, para ficar rico, corta todas as árvores que encontra em uma área paradisíaca e as deixa em forma de pirulito. E também, claro, o Lorax do título, espécie de porta-voz hippie da flora e da fauna do planeta, que tem voz de Danny DeVito na produção original. “Não tive que fazer esforço para me imaginar com 12 anos. Eu me lembro nitidamente do começo de minha adolescência! Foi quando comecei a fazer musicais nas aulas de teatro na escola, a estudar improvisação e quando percebi o quanto era importante para mim ser espontâneo e criativo em tudo que faço. O Zac de 12 anos é a cara do Ted do Dr. Seuss”, diz o ator.
Bicho de estimação
Aos 24 anos, o Zac de hoje se parece mais com o Logan de Um Homem de Sorte, filme que estreia por aqui em maio e traz o astro no papel de um fuzileiro naval. De calça jeans e camiseta branca colada no corpo, Zac lembra muito pouco o astro adolescente dos tempos do Disney Channel ao chegar para a rodada de entrevistas para divulgar a animação, realizada em um estúdio de Hollywood. Ele começa a conversa lembrando de sua experiência com animais domésticos, grandes companheiros das crianças. “Embora meu animal favorito – não ria – seja o macaco, meu primeiro animalzinho foi um gato. Lembro que estava na varanda de casa e vi esse gato de rua que circulava pelo bairro. Eu persegui o danado e, quando meus pais viram, eu já estava do lado de fora, me engalfinhando com o gato, que, certamente, deveria estar cheio de pulgas (risos). Mas meus pais decidiram que ele poderia ser meu primeiro animalzinho doméstico. Depois de dar um bom banho nele, claro. Era o Cuckoo. Dei esse nome a ele porque era uma das duas palavras que eu sabia falar na época”, diz. O astro conta que, hoje, tem um cachorro como bicho de estimação, mas não o cria em casa. Ele só vê o animal quando vai visitar os pais. “Quando eu vou vê-los e me instalo no meu antigo quarto, ele dorme na cama comigo”, diz.
Nova fase
A parceria com o diretor Chris Renaud veio de sua paixão pela animação Meu Malvado Favorito, que saiu da cabeça do mesmo Renaud e foi um sucesso de público e crítica no ano passado. “É um filme divertidíssimo. Ainda vejo em casa muitos desenhos animados, como Os Simpsons e Family Guy. Mas, é engraçado, ultimamente recusei vários papéis de adolescente, repetições do que eu havia feito anteriormente. Esperei bastante e agora estou coçando as mãos para ver os resultados em filmes como Um Homem de Sorte e The Paperboy (ainda sem título no Brasil), com temas menos infantis. Quero personagens mais adultos”, diz. Comparado pela crítica a um Wall-E menos original, O Lorax é, no entanto, um sucesso com as famílias americanas, o filme de maior público neste ano.
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